Roberto Carlos é o mais novo de 10 filhos, viveu com a família até os seis anos de idade, quando foi conduzido por sua mãe para viver na Fundação para o Bem-estar do Menor (Febem), que mais tarde tornou-se a Fundação CASA, na esperança de garantir um futuro melhor para o filho.
"Falava-se na época que a Febem era uma instituição preocupada com o bem-estar das crianças _ era o local onde recebiam
boa alimentação e educação escolar. A mãe e o filho estavam esperançosos. O menino pensava que estava deixando para trás
uma vida miserável, e a mãe achava que um dia, quem sabe, teria um filho doutor."
Até os treze anos, Roberto Carlos viveu na Febem entre fugas e retornos. Teve 132 fugas registradas, não se alfabetizou, envolveu-se com drogas e em atos infracionais quando estava livre nas ruas de Belo Horizonte. Foi classificado pela instituição de “irrecuperável”, quando foi adotado em 1979 por uma pesquisadora francesa, Margherit Duvas, que estava visitando a Febem para sua tese de Doutorado. Um ano depois, já alfabetizado, foi levado por ela para a França, aprendeu a falar francês e concluiu os estudos. Viveu em Marselha 8 anos até completar vinte e um anos, quando retornou ao Brasil para cursar a faculdade na Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Ao concluir o curso, retornou à Febem como estagiário, e adotou lá o primeiro dos 13 filhos que adotou ao longo de sua vida. [...]
Roberto Carlos tornou-se um pedagogo e contador de histórias. Sua história de vida inspirou o diretor Luiz Villaça em seu filme O Contador de Histórias. Roberto deixou de ser “menino de rua” em Belo Horizonte, tornando-se personagem central de um filme, é contador de histórias reconhecido como um dos dez melhores do mundo, escritor e palestrante.
Texto adaptado para fins didáticos. Disponível em: <
https://pt.wikipedia.org/wiki/Roberto_Carlos_Ramos>. Acesso em: 15 de agosto de 2017.