Manifesto em solidariedade à Schirlei Alves e contra o assédio judicial a jornalistas

A recente condenação criminal da jornalista Schirlei Alves pela juíza Andrea Cristina Rodrigues Studer é um episódio que lança uma sombra sobre a liberdade de imprensa no Brasil. A reportagem de Schirlei, publicada em 2020 pelo The Intercept Brasil, trouxe à tona o constrangimento e a violência sofridos por Mariana Ferrer durante o julgamento do homem acusado de estuprá-la. A jornalista, cumprindo seu papel essencial de informar a sociedade sobre questões de interesse público, foi condenada a um ano de prisão em regime aberto e ao pagamento de uma indenização de R$ 400 mil. Esta decisão contrasta com a punição tardia do juiz Rudson Marcos pelo Conselho Nacional de Justiça, evidenciando uma distorção na aplicação da lei.

É incompreensível que a jornalista seja penalizada por seu trabalho, em um processo movido pelo juiz e o promotor do caso, enquanto os agentes públicos envolvidos na situação de humilhação de Mariana Ferrer não são responsabilizados. É papel do jornalismo dar publicidade a condutas equivocadas de agentes públicos, por isso, a criminalização de Schirlei Alves é uma afronta ao direito à informação e à liberdade de imprensa. A violência de gênero presente nessa história, desde a humilhação de Mariana até a perseguição judicial à jornalista, é inaceitável e demanda uma revisão urgente na atitude da juíza Andrea.

O Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina e as entidades que subscrevem este manifesto expressam a necessidade de que instâncias superiores da Justiça brasileira reformem a sentença proferida na primeira instância contra Schirlei Alves.

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