Psicanálise e quotidiano - Seminário online de teoria psicanalítica [Módulo 3]
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:: De Freud a Reich ::
Embora seu nome seja hoje associado mais frequentemente à terapia corporal, Reich começou seu desenvolvimento clínico e teórico como psicanalista. Na década de 1920, envolvido com o seminário clínico da Sociedade Vienense de Psicanálise, seria chamado por Sigmund Freud de “a melhor cabeça de Viena”. Contudo, Reich rapidamente ultrapassaria os limites estreitos da ortodoxia freudiana. “Livre-me de Wilhelm Reich”, escreveria Freud, em 1933 – motivado tanto por diferenças teóricas, quanto pelo envolvimento de Reich com o movimento comunista. Naquele mesmo ano, contudo, o Partido Comunista Alemão também o expulsaria, considerando “burguesa” sua preocupação com a felicidade sexual dos trabalhadores. Essas questões, bem como suas inquietações clínicas, levaram-no à neurologia, à biologia, à antropologia e à física, por caminhos crescentemente inortodoxo – os quais o tornaram persona non grata em um país depois do outro, numa época em que o Nacional Socialismo e um cenário internacional turbulento tornavam muito difícil ser judeu na Europa. Migrando para os Estados Unidos, desenvolveu uma prática clínica e científica que levou ao desenvolvimento da Orgonomia – o estudo de uma energia diferenciada, manifesta nos processos somáticos e psíquicos, ao qual Reich foi levado por suas investigações acerca da natureza da libido e das pulsões. Perseguido politicamente e pelo establishment, terminou seus dias numa penitenciária. Instigante, inortodoxo, controverso, o legado terapêutico e científico de Reich dá testemunho de um esforço radical de levar a sério as categorias iniciais da psicanálise – sério o suficiente para explodi-las.
O módulo 3 consistirá em quatro aulas ministradas por Nicolau Maluf Jr. e Pedro Castel, coordenadores do Instituto de Formação e Pesquisa W. Reich.
:: P R O G R A M A ::
Aula 1 – Da psicologia à cosmologia – Nicolau Maluf Jr.
Pode a psicologia alcançar a física e a biologia, não no sentido de reduzir-se a estas, mas ao contrário, modificá-las? Partindo da psicanálise como hermenêutica, e alcançando as chamadas ciências da natureza, será apresentado o histórico do desenvolvimento do pensamento reichiano, bem como alguns de seus principais conceitos. A orgonomia e o pensamento funcional.
Aula 2 – A Análise do Caráter reichiana – Nicolau Maluf Jr.
A mente e o corpo do analista: a subjetividade não é um universo fechado. Não há um “mundo lá fora”. A técnica da análise do caráter diferenciando-se da análise das resistências, da vegetoterapia caractéro-analítica e da orgonoterapia. A orgonomia como continuidade da metapsicologia freudiana.
Aulas 3 e 4 – Da clínica psicanalítica ao trabalho corporal – Pedro Castel
O trabalho reichiano, mesmo o corporal, foi um desdobramento da clínica psicanalítica, com a qual Reich atuou por 14 anos, até sua expulsão da Associação Internacional de Psicanálise. Procuraremos demonstrar essa continuidade, atentando para a maneira como nela foram se forjando os princípios básicos do trabalho corporal. O inconsciente ‘visível’ no corpo e suas ações. Os traços de caráter funcionalmente idênticos à couraça muscular e metabólica. O psicossoma enquanto unidade indissolúvel entre psique e o corpo. O afeto com sua unidade psíquica bioenergética. O sentido terapêutico da potência orgástica.
:: Q U A N D O ::
Quartas-feiras, de 25/11 a 16/12. De 19h às 21h.
:: O N D E ::
Plataforma online.