Manifesto: Abaixo o Governo Bolsonaro! Por um Governo dos Trabalhadores sem patrões nem generais!
O sistema capitalista assola a humanidade com uma crise sem precedentes. Vivemos o momento de maior agudização das contradições da sociedade de classes de toda a história.

Nunca houve tanta capacidade de produzir alimentos e tantas pessoas passando fome. Nunca houve tanta capacidade de produzir medicamentos, vacinas e tantas pessoas morrendo de doenças curáveis ou preveníveis. Nunca houve tanta riqueza produzida e tantas pessoas na mais absoluta miséria.

Há tecnologia desenvolvida o suficiente para realizar todos os sonhos humanos e no entanto, com seu acesso restrito somente a um pequeno punhado dos que podem pagar por isso, toda a humanidade está ameaçada a afundar na barbárie.

A propriedade privada dos grandes meios de produção leva a uma desenfreada disputa pelo lucro em detrimento da própria vida humana e de todo o planeta. São dezenas de guerras pelo mundo que só servem ao lucro das grandes corporações que investem em desenvolvimento militar. Para manter este sistema encabeçado por um punhado de famílias bilionárias que oprimem bilhões de seres humanos, a classe dominante se vale em cada país dos Estados nacionais com seus aparatos repressivos. Buscam calar as novas gerações de trabalhadores explorados e nos obrigar a baixar nossas cabeças. Mas isso não é possível.

Em todos os continentes, em dezenas de países, um após o outro, as massas oprimidas levantam suas cabeças, gritam, marcham, protestam e derrubam governos. Entretanto, sem uma direção clara do que fazer quando entram em movimento, sem um programa de classe consequente, que estabeleça o objetivo de expropriar a propriedade privada dos meios de produção, os explorados estarão condenados, uma vez depois da outra, a ver a história de sua exploração se repetir, assim que um governo é derrubado e a burguesia reconstitui outro em seu lugar.

É neste contexto que o Brasil está inserido, com o agravante de ter um dos mais perfeitos representantes da escória humana como chefe de Estado. O governo Bolsonaro, sabotando a aquisição de vacinas e exaltando seu negacionismo científico abertamente, é o responsável político pelas mais de 500 mil mortes de covid até agora e por fazer do Brasil o país com a maior taxa de letalidade pelo novo coronavirus em todo o mundo, além de atacar direitos e conquistas da classe trabalhadora, levar a cabo privatizações, cortar verbas da saúde pública em plena pandemia, golpear a pesquisa e a educação e incentivar a destruição do meio-ambiente.

Bolsonaro, destilando seus preconceitos diariamente diante da imprensa e nas redes sociais, encoraja a escória de indivíduos e pequenos grupos que ousam levantar suas cabeças para agredir mulheres, negros, indígenas, pessoas LGBT e todos que se identificam com as lutas populares. E só não foi derrubado ainda por conta do papel criminoso que as direções das organizações tradicionais da classe trabalhadora tem jogado para impedir que um movimento de massas contra o governo exploda nas ruas.

Grandes atos de rua contra o governo já voltaram a ocorrer com essas direções obrigadas a participar e finalmente convocá-los. Se não o fizessem, as mobilizações ocorreriam fora de seu controle. E mesmo depois de convocá-los, nada fizeram para que os batalhões pesados da classe trabalhadora com maior nível de organização participassem. Pelo contrário, trabalharam duro inclusive para impedir ao máximo a adesão de massas. A CUT e o PT chegaram a desconvocar atos, usando como pretexto o risco de contaminação, mas nada fazem contra as aglomerações de trabalhadores obrigados a usar o transporte coletivo e a trabalhar em fabricas e outros locais sem as mínimas condições de segurança.

Lula e todas as direções de esquerda que apostam todas as suas fichas na institucionalidade não querem derrubar o governo Bolsonaro. Trabalham para derrotá-lo nas eleições do final de 2022. Sua tática é a de que quanto mais Bolsonaro permanecer no poder, mais enfraquecido estará para disputar as eleições. Deste ponto de vista, Bolsonaro na presidência tem sido o melhor “cabo eleitoral” para Lula.

Pretendem com isso evitar que a quantidade crescente nas ruas provoque um salto de qualidade no movimento e ponha em perigo o conjunto das instituições apodrecidas deste regime burguês.

Não aceitamos esperar pelas eleições de 2022 para só então tentar derrotar Bolsonaro através do voto. E, também, não confiamos ao Congresso Nacional a tarefa de derrubar Bolsonaro. Essa tarefa é das massas mobilizadas e organizadas por seus próprios objetivos imediatos e históricos.

Nosso objetivo é ajudar o movimento a crescer a ponto de dar saltos de qualidade que permitam deslocar para as ruas o espaço de luta decisivo e assim, abrir para as massas o debate sobre a questão de quem deve governar e com que objetivo. Essa é a perspectiva à qual responde a palavra de ordem de frente única “Abaixo o governo Bolsonaro! Por um Governo dos Trabalhadores Sem Patrões Nem Generais!”, que só será alcançado a partir da mobilização das massas e sua auto-organização. Não se trata para nós de lutar para substituir um governo burguês reacionário por outro que continuará inevitavelmente a exploração e opressão das massas trabalhadoras. A derrubada de Bolsonaro deve ser o início de uma verdadeira revolução para eliminar o regime da propriedade privada dos meios de produção e abrir o caminho para um verdadeiro governo revolucionário das massas trabalhadoras.

Todas as lutas populares que nunca cessaram precisam mais do que nunca ser unificadas em um grande movimento unitário. Nossa unidade e organização, nossos objetivos abertamente declarados, são nossas armas mais poderosas! Precisamos unir todos os combates locais em um grande movimento nacional de Greve Geral.

É preciso agitar a necessidade de uma greve geral urgente em todos os locais de trabalho!

Nós, reunidos em 10 de julho de 2021 no “Encontro Nacional de Luta: Abaixo Bolsonaro! Por um Governo dos Trabalhadores sem Patrões nem Generais!”, convocado por mais de 1.750 trabalhadores e jovens, militantes e ativistas de todo o Brasil, nos dirigimos a todos os trabalhadores e jovens deste país com o seguinte apelo!

É urgente construir uma Greve Geral por estes 8 pontos mínimos:
Vacina para todos já! Contra a privatização do SUS! Saúde pública e gratuita para todos!
Seguro desemprego permanente para todos os desempregados! Garantia de emprego para todos!
Congelamento dos alugueis! Expropriação dos prédios e terrenos ocupados: Moradia para todos os trabalhadores sem-teto!
Anulação das contrarreformas trabalhista e da previdência! Todos os trabalhadores devem ter direitos trabalhistas e direito à aposentadoria integral!
Contra os cortes na educação! Por vagas para todos nas universidades públicas! Abaixo a Reforma do Ensino Médio! Educação Pública, Laica e Gratuita para todos!
Contra as privatizações! Anulação de todas as privatizações efetuadas pelos governos FHC, Lula, Dilma, Temer e Bolsonaro!
Não pagamento da dívida pública (Interna e Externa) que não foi o povo que fez e que só desvia dinheiro público para os bolsos dos especuladores! Dinheiro público para melhorar e estender os serviços públicos para todos!
Abaixo Bolsonaro agora! Por um Governo dos trabalhadores sem patrões nem generais!

A todos que querem derrubar o Governo Bolsonaro agora e não confiam o destino de nossa luta a este Congresso Nacional podre, propomos organizar comitês de ação com base no texto deste manifesto para organizar iniciativas em cada local de trabalho, em cada sindicato, faculdade, escola, entidade estudantil, por esses 8 pontos mínimos e agitar a necessidade urgente de organizar uma verdadeira greve geral.

Assine, apoie, divulgue!
Junte-se a nós neste combate!

10 de Julho de 2021
Aprovado pelos presentes no Encontro Nacional de Luta convocado por mais de 1.750 ativistas de 25 estados do Brasil e do DF.
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