A relação do solo com as áreas de risco
Na prevenção aos desastres naturais, inúmeras medidas podem ser adotadas, de natureza estrutural ou não estrutural. As medidas estruturais podem ser mais eficientes, entretanto, muitas vezes são inviabilizadas pelo seu alto custo, já que exige a execução de obras muitas vezes complexas e de grande porte.
As medidas não estruturais se referem basicamente ao planejamento e controle do uso do solo, de modo que sejam atribuídos a cada área usos compatíveis com suas características físicas (declividade, tipo de solo, configuração da rede hídrica, etc), e as restrições à ocupação - sobretudo ao assentamento urbano - em cada caso.
Podemos considerar que o uso inadequado do solo e a construção de casas em lugares inadequados, onde o solo já sofreu um processo de erosão (desgaste natural por meio dos ventos, sol, chuvas e ação humana) pode ser uma combinação prejudicial a população.
Além do desgaste natural que o solo pode sofrer, a ação humana potencializa o problema. Desmatamentos, retirada e uso intensivo de materiais minerais, mudanças de cursos d’água, ocupação de várzeas e encostas, queimadas, produção e deposição inadequada de lixo, poluição atmosférica, aplicação de agrotóxicos, explosão de artefatos nucleares estão entre as intervenções humanas mais comuns no planeta. Portanto, a ação da natureza junto com as causas artificiais geradas pela ocupação desordenada do solo, contribui para as áreas de risco.