Roda de Diálogos:    A importância da segurança alimentar infantil – da pobreza alimentar à vulnerabilidade nutricional  | 22 de Setembro | 10 - 11.30h | Plataforma Zoom 
Em 2020, uma em cada cinco crianças (20.4%) estava em risco de pobreza, exclusão e vulnerabilidade social. A pobreza infantil, tal como a pobreza alimentar é por vezes esquecida no contexto do Norte Global e na Europa. Contudo, a pobreza infantil é uma questão central complexa e central na sociedade portuguesa, tal como noutras sociedades europeias. As crianças não sendo titulares de rendimentos, experienciam pobreza dentro de agregados familiares que vivem nesta situação. Os agregados familiares que se destacam por viverem em situação de vulnerabilidade são as famílias monoparentais femininas com uma criança (ou mais), dois adultos com três crianças ou mais e outros agregados com crianças. 

Perante a realidade atual do contexto em Portugal, ser pobre não significa um adulto em situação de desemprego. Uma vez que, um em dez trabalhadores (11,2%) em Portugal vive em situação de pobreza devido à precariedade laboral e baixos salários, face aos preços elevados praticados no país. Com todos os fatores referidos, é de destacar que a pobreza vai para além da privação material, onde 
outros fatores como a sobrelotação de habitação e piores condições de habitação, dificuldade de acesso a uma alimentação nutricionalmente adequada e dificuldade de aceder a cuidados médicos.

As estimativas mais recentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) relatam um aumento progressivo de crianças com excesso de peso e obesidade. Também de acordo com a OMS, as crianças devem fazer uma média de 60 minutos por dia de atividade física. Em Portugal o excesso de peso e a obesidade permanecem como um dos principais problemas para a saúde pública nacional.  

De acordo com o Childhood Obesity Surveillance Initiative 2019, em Portugal a prevalência de baixo peso foi de 1,3% e a prevalência de excesso de peso (pré-obesidade e obesidade) foi de 29,7% e destes 11,9% apresentavam obesidade infantil, tornando Portugal um dos países da Europa com uma maior prevalência de obesidade infantil.  

Os fatores que influenciam a segurança alimentar infantil são diversos e modificáveis. O acesso a uma alimentação nutricionalmente adequada, o estatuto socioeconómico, o ambiente obesogénico e a duração e a qualidade do sono da criança são determinantes para a sua saúde física e mental.  

A obesidade e a insegurança alimentar coexistem frequentemente.  A insegurança alimentar é habitualmente definida como uma situação na qual o acesso ao alimento é reduzido, inadequado do ponto de vista nutricional e de segurança alimentar, ou até inexistente, limitando as escolhas alimentares do indivíduo para a obtenção de um estilo de vida saudável.  

Um número elevado de famílias que se encontram em situação de pobreza e exclusão social e que têm a incapacidade de aceder à escolha dos seus alimentos, depende de apoio alimentar para mitigar a fome do agregado familiar no qual habita. Contudo, o apoio alimentar prestado pelas IPSS apesar de urgente, contribui para a mitigação da fome no seu sentido estrito, estando os alimentos que as famílias recebem muitas vezes vazios dos nutrientes necessários. Através do diagnóstico de necessidades desenvolvido junto das IPSS de Aveiro, identificou-se que as famílias sentem falta dos lacticínios, em particular dos iogurtes e do leite para as crianças e os frescos (hortícolas, fruta e peixe). 

Esta iniciativa realiza-se no dia 22 de Setembro, das 10 - 11.30h, como parte do projeto "Da Terra à Mesa - um sal(to) que nos tempera" implementado pela Rede Europeia Anti-Pobreza -/ EAPN Portugal e financiado pelo Programa Bairros Saudáveis. 

Mediante a sua inscrição (gratuita mas obrigatória) irá receber o link de acesso Zoom no dia 21 de Setembro (verifique também a caixa de spam/lixo, caso não encontre na sua caixa de e-mail). 

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