PROGRAMA DE CONCESSÃO DE RODOVIAS FEDERAIS DO PARANÁ | GOB-PR
Compartilhamos com o Irmão um assunto da mais alta relevância que está em discussão na sociedade paranaense e que versa sobre o Programa de Concessão de Rodovias Federais do Estado do Paraná, conduzido pelo governo federal, por meio da Agencia Nacional de Transporte Terrestre-ANTT, autarquia vinculada ao Ministério da Infraestrutura.
O motivo é devido ao fato de que a vigência dos atuais contratos firmados em 1997, por delegação do governo federal ao estadual, terminam neste ano de 2021, fator que está oportunizando uma série de audiências públicas, organizadas por uma frente parlamentar do poder legislativo, com a finalidade de colher sugestões e contribuições da população e de sensibilizar o Ministério da Infraestrutura e a ANTT, na elaboração dos futuros contratos e modalidades de concessão que, efetivamente, possam atender ao interesse público, notadamente pela expectativa dos paranaenses de uma substancial diminuição do preço das tarifas de pedágio.
Cabe ressaltar que nestes 24 anos de vigência dos atuais contratos de concessão tem sido uma constante a insatisfação dos paranaenses e de todos os usuários que utilizam e dependem do anel rodoviário de integração - 2.493 km, divididos em seis lotes de concessão e 27 praças de pedágios -, devido a uma série de constatações que vão do elevado e injusto preço das tarifas praticadas, sendo considerada uma das mais altas do pais, concomitantemente a ausência de obras de duplicação de muitos quilômetros de rodovias do anel e que, diante da iminência de vencimento dos contratos, torna-se praticamente impossível o seu integral cumprimento.
É nessa esteira que reside o grande motivo das audiências e das inquietações pois, os paranaenses foram penalizados ao longo desses anos pelas elevadas tarifas praticadas nos pedágios sem a devida contraprestação de serviços, estipuladas nos contratos, notadamente de duplicação dessas rodovias de intenso fluxo, cujas benfeitorias eram e continuam sendo fundamentais para fomentar o progresso e a segurança preventiva de acidentes.
A título informativo o novo desenho do anel de integração tem a previsão de uma extensão de 3.328 km de rodovias, com estimativa de 45 praças de pedágio e a concessão prevista por 30 anos, cujas ações de fiscalização sobre as responsabilidades do contrato competem, integralmente, ao governo federal, por meio de seus órgãos.
O ponto central dos debates reside na preocupação do modelo de concessão a ser adotado nesses próximos 30 anos e que constará no edital previsto para ser lançado em junho deste ano. Vale relembrar que os atuais contratos foram estipulados, exclusivamente, pelo critério de outorga, que se traduz num teto mínimo estipulado no edital, pelo poder público concedente, para o correspondente lote e trechos de rodovias, compreendidas todas as obras, benfeitorias, prazos e responsabilidades.
Por sua vez, o governo federal anunciou que adotará um modelo hibrido nesta nova concessão de lotes de rodovias, podendo ser o de outorga para alguns casos, mas que deverá prevalecer o tarifário, modalidade em que é estabelecido o valor máximo da tarifa para as diversas categorias de veículo e ganhará quem ofertar o maior desconto sobre a tarifa estipulada.
Assim, diante da relevância do tema social e do contexto que estamos inseridos, convido o prezado Irmão para participar das reuniões, na forma presencial ou virtual, e apresentar sugestões ou contribuições nas audiências públicas da frente parlamentar estadual e, também, da agenda da ANTT.