4. Risco de derrocada das arribas obriga a interdições em 15 praias. O Ministério do Ambiente decidiu interditar zonas de utilização frequente em 15 praias costeiras, entre a Marinha Grande e Mafra, incluindo caminhos, acessos e habitações. É o resultado de um relatório que aponta para a possibilidade de derrocada das arribas. Algumas das medidas terão efeitos imediatos, enquanto as menos pacíficas serão analisadas com as respetivas autarquias. No relatório, divulgado ontem pela Agência Lusa, indicam-se três grupos de medidas a adotar, que vão da simples reposição de sinais vandalizados à interdição de setores de risco. Numa das zonas balneares - praia do Algodio, em Mafra - as interdições abrangem os acessos pedonais ao topo da arriba, habitação e logradouros, mas o Instituto Nacional da Água (INAG) poderá adjudicar em breve as obras necessárias, avaliadas em 670 000 euros. A praia de Almagreira, em Peniche, onde duas pessoas morreram, em agosto de 2005, devido ao desabamento de uma arriba, deixará de ter uso balnear, já que o ministro do Ambiente assinou uma portaria de interdição da praia. O presidente da autarquia, António José Correia, lembra que "a praia nunca foi considerada balnear, pelo que a legislação vem confirmar o que já era feito". O autarca adianta que, numa visita ao local, a cargo da Proteção Civil, durante o dia de ontem, foi detetada a possibilidade de desprendimento de um bloco de arenito, situação que terá de ser "acautelada". O INAG detetou locais onde foram identificadas habitações em risco, na praia da Consolação, em Peniche, e no Vale Furado, em Alcobaça. São, ambos, casos antigos. Sobre este assunto, o presidente da Câmara de Peniche promete analisar hoje as possíveis consequências da decisão. Jornal de Notícias, 11 de Julho de 2006.