Para quem recebe um diagnóstico de câncer, é inevitável a dor do luto. É uma crise entre o mundo que se conhecia e o mundo que está por vir. Nesse intervalo, muitos sentimentos emergem: medo, tristeza, angústia, depressão, fragilidade, raiva, fracasso.
É preciso também lidar com os efeitos colaterais visíveis da doença, causados principalmente pela quimioterapia: a queda dos cabelos, que pode significar fracasso, perda da identidade e da autoestima. Ou seja, a perda da autoimagem.
Nesse momento de transição, quando a vida fica imersa em mistério, o desafio é atualizar essa autoimagem e transformar em renovação da aliança consigo mesma a dor pela perda dos cabelos. Esse processo é para além da estética. É se dispor para uma revisitação de alguns aspectos da vida, discernindo o fluxo do que precisa ser mantido ou transformado. Não se trata de “abandonar” o passado, mas de ativar um olhar compassivo para a própria história
Desde que nascemos, passamos por vários rituais de passagem: batismo, casamento, ano novo, aniversários, formaturas. Existem em todas as culturas, primitivas ou urbanas, e marcam a passagem de uma condição para outra.
É nesse intervalo entre uma vida que não funciona mais para uma vida que pede para nascer que esse trabalho se propõe, dentro de um espaço seguro, de acolhimento e de proteção, deixar brotar um sentido à experiência e fortalecer o compromisso consigo mesma para preparar-se para a nova vida que se configura. O ato de “raspar a cabeça” é um marco na sua história pessoal. É um renascimento, um recolocar-se na vida com estrutura física, psíquica e emocional para avançar.
Esse trabalho requer aproximadamente 6 horas. Pode ser feito individualmente ou em pequenos grupos.
COORDENAÇÃO:
Maristela Ramos - especialização em Arteterapia em Educação, formação em Aconselhamento do luto pela Fundação Elizabeth Kübler Ross do Brasil, formação no método Ivaldo Bertazzo de Reeducação Corporal, focalizadora de Danças Circulares Sagradas desde 1999, formação em Educação Física e Pedagogia. Por 22 anos organizou e acompanhou o processo terapêutico ARTE DA PONTE desenvolvido por Annie Rottenstein que tem como eixo elaborar perdas e transições necessárias. Professora e coordenadora da Fundação Peirópolis de Educação em Valores Humanos por 14 anos
CONTATO:
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