Subscrição do Manifesto 25 de Novembro 2022

Desde 1999 que o dia 25 de novembro se declara como o "Dia Internacional pela Eliminação de Todas as Formas de Violência Contra as Mulheres". Este é também um dia de luto, de luta, de resistência, de combate às opressões de género, às opressões económicas, às opressões sociais, às opressões de etnia, nacionalidade, orientação sexual, identidade de género e outras.

Em todo o mundo, todos os dias, milhares de mulheres e raparigas são vítimas de algum tipo de violência e de violações reiteradas dos seus direitos humanos, e Portugal não é exceção.

Vivemos num país que continua também ele resistente à mudança, e no qual, apesar da luta e do empenho de associações, ativistas, alguns partidos políticos, e de medidas governamentais que alertam e sensibilizam para o flagelo da violência doméstica e da violência de género, se continua a deparar todos os anos com números assustadores de mulheres que continuam a morrer às mãos dos seus companheiros, ex-companheiros, maridos, ex-maridos, namorados, ex-namorados e outros agressores.

Só no primeiro semestre do ano foram assassinadas 19 mulheres e meninas em Portugal. Destas mortes e com um aumento de nove crimes em relação ao ano passado, 16 foram femicídios, e quando falamos em femicídios, referimo-nos a todas as mortes intencionais de mulheres relacionadas com questões de género… a todas as mortes intencionais de MULHERES POR SEREM MULHERES!

As relações abusivas que se consubstanciam no crime de violência doméstica, a violação e outras agressões sexuais, os casamentos forçados, a mutilação genital, o assédio sexual, o assédio moral em contexto laboral, entre outros crimes, continuam a ser desvalorizados e a violência tende a ser normalizada e até legitimada por uma sociedade que insiste em fechar os olhos, em calar, em silenciar...

Em 2022, voltamos a marcar presença, a ocupar a rua, a lutar, a dar voz a todas as mulheres que vivem silenciadas e às que nunca mais poderão sair desse silêncio.

Erguemos as nossas vozes bem altas e em uníssono:

 - Pelo fim das mortes resultantes de violência praticada nas relações de intimidade;

- Pelo fim da tortura e violência letal misógina de mulheres;

- Pelo fim das mortes de mulheres e raparigas em nome da “honra”; 

 - Pelo fim da violência contra mulheres e raparigas no contexto de conflitos armados;

- Pelo fim da eliminação de mulheres por causa do dote;

- Pelo fim da violência sobre mulheres e raparigas por causa da sua orientação sexual e identidade de género; 

- Pelo fim do infanticídio feminino e feticídio por seleção sexual baseada no género; 

- Pelo fim do assédio moral e sexual em contexto laboral;

- Pelo fim das práticas que constituem violência obstétrica;

- Pelo fim de TODAS AS FORMAS DE VIOLÊNCIA CONTRA AS MULHERES!

O combate à violência contra as mulheres é duro, e é responsabilidade de todas as pessoas. Exige um esforço concertado para que a sociedade onde vivemos corte com as suas raízes patriarcais, e se indigne com atitudes machistas, que se manifestam não só através da morte, mas também, através de micro agressões nas mais variadas situações do quotidiano das mulheres.

Neste 25 de Novembro, à semelhança dos anos anteriores, a Plataforma Já Marchavas sai à rua contra uma sociedade machista, sexista, racista, homofóbica, transfóbica e patriarcal, lembrando que esta luta não pode ter tréguas e que esta é uma batalha conjunta.

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A iniciativa realiza-se no dia 25 de novembro, pelas 18H no Rossio (Viseu).


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