existenciais a partir da construção de narrativas autobiográficas que escapam dos relatos confessionais, ao apostarem na “escrita de si”. Contrastando esses dois modos de subjetivação – a confissão e a escrita de si – de que somos herdeiras/os na cultura ocidental, é possível destacar que a tradição cristã predominante investiu na confissão, ou seja, na submissão ao poder pastoral, tendo em vista a decifração de um eu  supostamente alojado no coração e a renúncia de si. Ao contrário, os antigos gregos e romanos entendiam ser fundamental a “escrita de si”, como parte do “cuidado de si”, construído a partir de “artes do viver”, necessário para a constituição de subjetividades éticas, para o cuidado com o outro e para com a cidade.

Publicou vários livros:  Do Cabaré ao Lar. A utopia da cidade disciplinar e a resistência anarquista (Paz e Terra,1985, 2014); Os Prazeres da Noite. Prostituição e códigos da sexualidade feminina em São Paulo, 1890-1930 (Paz e Terra, 1991, 2008); Entre a História e a Liberdade. Luce Fabbri e o Anarquismo Contemporâneo (Unesp, 2001); A Aventura de contar-se: feminismos, escrita de si e invenções da subjetividade (Ed. Unicamp, 2013); As marcas da pantera: percursos de uma historiadora (Intermeios, 2021); com Maurício Pelegrini e Luana S. Tvardovskas organizou a coletânea Ascensão e queda do Paraíso Tropical (Intermeios, 2021).