RAA - 9º ano - 1º bimestre - 2024 
RAA 9º ano 1º bimestre Literatura
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TEXTO PARA AS QUESTÕES 1 a 3

Você reconhece quando chega a felicidade?

 

Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração.

Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder. Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o seguinte: ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.

A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.

É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... Ih, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz?

Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?

Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade.

Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo – não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.

Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.

 

Ana Paula Padrão (adaptado)

Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012.

 

1. (G1 - Cpcar 2013) O texto é, predominantemente, 

*

Você reconhece quando chega a felicidade?

 

Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração.

Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder. Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o seguinte: ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.

A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.

É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... Ih, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz?

Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?

Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade.

Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo – não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.

Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.

 

Ana Paula Padrão (adaptado)

Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012.

2. A autora diferencia a felicidade da alegria ao 

*

Você reconhece quando chega a felicidade?

 

Tenho uma forte antipatia pela obrigação de ser feliz que acompanha o Carnaval. Quem foge da folia ganha o rótulo de antissocial, depressivo ou chato. Nada contra o Carnaval. Apenas contra essa confusão de conceitos. Uma festa alegre não significa que você esteja plenamente feliz. E forçar uma situação de felicidade tem tudo para terminar em arrependimento e frustração.

Aliás, você reconhece a felicidade quando ela chega? Sabe que está sendo feliz naquele momento? Espere um pouco antes de responder. Pense de novo. Estamos falando de felicidade! Não de uma alegria qualquer. E qual é a diferença? Bem, descrever a felicidade não é fácil. Ela é muito recatada. Não fica ali posando para foto, sabe? Mas um Manual de Reconhecimento da felicidade diria mais ou menos o seguinte: ela é mansa. Não faz barulho. Ao mesmo tempo é farta. Quando chega, ocupa um espaço danado. Apesar disso, você quase não repara que ela está ali. Se chamar a atenção, não é ela. É euforia. Alegria. A licenciosidade de uma noite de Carnaval. Ou um reles frenesi qualquer, disfarçado de felicidade.

A dita cuja é discreta. Discretíssima. E muito tranquila. Ela o faz dormir melhor. E olha, vou lhe contar uma coisa: a felicidade é inimiga da ansiedade. As duas não podem nem se ver. Essa é a melhor pista para o seu Manual de Reconhecimento da Felicidade. Se você se apaixonou e está naquela fase de pura ansiedade, mesmo que esteja superfeliz, não é felicidade. É excitação. Paixonite. Quando a ansiedade for embora, pode ser que a felicidade chegue. Mas ninguém garante.

É temperamental a felicidade. Não vem por qualquer coisa. E para ficar então... Ih, não conheço nenhum caso de alguém que a tenha tido por perto a vida inteira. Por isso é tão importante reconhecê-la quando ela chega. Entendeu agora por que a minha pergunta? Será que você sabe mesmo quando está feliz?

Ou será que você só consegue saber que foi feliz quando a felicidade já passou?

Eu estudo muito a felicidade. Mas não consigo reconhecê-la. Talvez porque eu seja péssima fisionomista. Ou porque ela seja muito mais esperta do que eu. Mais sábia. Fato é que eu só sei que fui feliz depois. No futuro. Olho para o passado e reconheço: “Nossa, como eu fui feliz naquela época!” Mas no presente ela sempre me dá uma rasteira. Ando por aí, feliz da vida e nem sei que estou nesse estado. Por isso aproveito menos do que poderia a graça que é ter assim, tão pertinho, a tal felicidade.

Nos últimos tempos, dei para fazer uma lista de momentos felizes. E aqui é importante deixar claro que esses momentos devem durar um certo período de tempo. Um episódio isolado feliz – como quatro dias de Carnaval, por exemplo – não significa felicidade. A felicidade, quando vem, não vem de passagem. Não dura para sempre, mas dura um tempinho. Gosta de uma certa estabilidade, [...] Sabendo quando você foi feliz, é mais fácil descobrir por que foi feliz. Para ser ainda mais funcional, é bom que a lista seja cronológica. Lendo a minha, constato que fico cada vez mais feliz e por mais tempo.

Será que ela está aqui agora? Não sei dizer. Mas a paz de que desfruto agora é um sintoma dela. E isso não tem nada a ver com a tal obrigação de ser feliz desfilando no Sambódromo. Continuo meus estudos. Já tenho certeza de que hoje sou mais amiga da felicidade do que jamais fui em qualquer tempo.

 

Ana Paula Padrão (adaptado)

Revista ISTOÉ 2206, de 22/02/2012.

3. O trecho que apresenta uma visão objetiva é: 

*

Leia o poema para responder à questão 4:

 


Gosto de estar a teu lado,

Sem brilho.

Tua presença é uma carne de peixe,

De resistência mansa e de um branco

Ecoando azuis profundos.

 

Eu tenho liberdade em ti.

Anoiteço feito um bairro,

Sem brilho algum.

 

Estamos no interior duma asa

Que fechou.

(De Poemas da Amiga/ Mário de Andrade)


 

4. Nos dois últimos versos, o eu-lírico utiliza determinada imagem, que pode ser interpretada como

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5. Um gato sem dono

Dormindo sobre o telhado –

Chuva de primavera.

“Primavera”, de Taigi.

O haicai é um poema japonês composto por três versos. Além dessa, qual outra característica desse gênero textual está presente no haicai lido?

*

6. Denomine antítese e oxímoro

 

a) Nesta cidade há amor e ódio.

b) O esforço é grande e o homem é pequeno (Fernando Pessoa).

c) Eles são ricos pobres.

d) Nasce o sol e não dura mais que um dia (Gregório de Matos).

e) Meu amargo prazer, doce tormento!

f) Nunca vi uma inteligência tão burra quanto a sua!

g) Era dor sim, mas uma dor deliciosa.

*

Reduzir o consumo da bateria

Seu aparelho oferece opções que o ajudam a economizar bateria. Ao personalizar essas

opções e desativar funções de plano de fundo, você pode utilizar o telefone por mais tempo

entre os carregamentos:

•           Quando não estiver utilizando o telefone, altere para o modo de espera ao pressionar a

tecla Liga/desliga.

•           Feche aplicações desnecessárias com o gerenciador de tarefas.

•           Desative a função Bluetooth.

•           Desative a função Wi-Fi.

•           Desative a sincronização automática das aplicações.

•           Diminua o tempo da luz de fundo.

•           Diminua o brilho da tela.

 

7. O texto acima está no manual do usuário de um telefone da marca Samsung. Após a leitura do texto, responda:

a) qual é o gênero textual predominante?

b) qual é o tipo textual predominante?

c) qual modo verbal é utilizado nesse tipo de texto?

*

8. NÃO é característica do artigo de opinião:

*

É impossível fugir de um mundo tão conectado neste século. Com frequência, dividimos nossa atenção entre o celular, a televisão e o computador. Interagimos através de chamada vídeo com quem está a dezenas de quilômetros de distância, fugimos das filas do supermercado, das lotéricas, ao fazermos compras no conforto da nossa casa. E boa parte dessas ações são feitas diante de um simples dispositivo telefônico.

     Ao viver nesse mundo interligado, seja em computadores, seja em celulares ou outros dispositivos digitais, esquecemos que nem todos possuem a mesma oportunidade para acessar os meios tecnológicos. Hoje, cerca de 70,5 milhões de brasileiros não possuem acesso à internet. Esse dado coloca o Brasil na décima posição entre os países com mais pessoas sem conexão com o mundo digital.

     A Internet é uma mídia aberta e descentralizada que permite oferecer oportunidades a pessoas desenvolverem as mais múltiplas habilidades para progressão do conhecimento. O incentivo a políticas públicas que visem ampliar o acesso deve ser prioridade dos governantes. Esse incentivo pode partir das escolas, com a ampliação das mídias tecnológicas nos espaços educativos.

     Portanto, é fundamental introduzir crianças e jovens no mundo digital, tanto em relação à internet quanto a programas que incentivem o estudo. Com esses conhecimentos, os estudantes desenvolverão habilidades para a criação de projetos e para o aprimoramento da aprendizagem. É por meio dessas e outras iniciativas que será diminuída a disparidade entre o número de pessoas com acesso à internet e as possibilidades que as tecnologias podem oferecer à sociedade brasileira aumentarão. 

 

Texto de Maurício Araújo, 2021, Tudo Sala de Aula

 

 

9.  O texto acima pertence ao campo de atuação da vida pública. Qual o seu gênero textual?

*
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