5ª ATIVIDADE DE HISTÓRIA DO 6º ANO C - PROFESSOR DIEGO
Roteiro de Atividades não presenciais de História do 6º Ano C
Roteiro nº 05 do 4º Bimestre
Período de 23/11/2020 a 27/11/2020
Corresponde a carga horária de 04 (quatro) aulas de 45(quarenta e cinco) minutos.
Entrega das atividades respondidas: Até o dia 07/12/2020 pelo link....
Retomada de conteúdo do 2º Bimestre
Conteúdo: OS TIPOS DE LINGUAGENS E REGISTROS NAS SOCIEDADES ANTIGAS
Habilidade do Currículo Paulista:
(EF06HI07B) Reconhecer a importância da tradição oral, cultura material e escrita para a transmissão da memória e do conhecimento nas diferentes sociedades antigas (África, Ásia e Américas).
Objetivos: Serão abordados os diferentes tipos de linguagens nas sociedades antigas, como: a escrita, a oralidade, as artes e outras formas de comunicação na África, na América e no Oriente Médio. Espera-se que você, estudante, possa identificar e reconhecer a importância da linguagem, sobretudo a tradição oral, que é muito importante na transmissão de saberes e da memória dos povos.
A ESCRITA
Durante muito tempo acreditava-se que a escrita surgiu primeiro na Mesopotâmia. No entanto, novas descobertas arqueológicas indicam seu desenvolvimento, ao mesmo tempo, em diferentes lugares do mundo, tais como: na Suméria, no Egito, ou na China.
A escrita cuneiforme é uma das mais antigas que temos registro. Criada pelos Sumérios, era produzida com o auxílio de instrumentos em forma de cunha e tinham como objetivo o registro da contabilidade, a administração dos bens e das propriedades, e a realização de cálculos das transações comerciais.
Os egípcios criaram um sistema chamado escrita hieroglífica, que tinha por característica utilizar elementos do cotidiano, como o Sol, a Lua, animais, plantas, pessoas e partes do corpo.
Os astecas não tinham um alfabeto, a escrita era representada por desenhos e símbolos, utilizados em calendários sagrados, para registrar cenas do cotidiano e os conhecimentos diversos. Não havia regras ou glifos: cada escriba desenvolvia suas próprias expressões das ideias que ele transmitia.
Na antiguidade, a educação escolar não era disponível para todos, os escribas eram responsáveis pelos registros. Na atualidade no Brasil, as leis garantem a democratização do ensino que permite o aprendizado a todos, independente da condição social dos sujeitos.
O escriba, ou escrivão, era aquele que, na Antiguidade, dominava a escrita e a usava para, a mando do regente, redigir as normas do povo daquela região ou de uma determinada religião. Também podia exercer as funções de contador, secretário, copista e arquivista. Também eram os profissionais que tinham a função de escrever textos, registrar dados numéricos, redigir leis, copiar e arquivar informações. Como poucas pessoas dominavam a arte da escrita, possuíam grande destaque social.
ORALIDADE
O griot ou griô é o nome dado a um homem conhecido como o “livro das memórias” ou “contador de histórias”, o protetor das tradições de seu povo através da oralidade. Mensageiros oficiais dos povos africanos, principalmente da África Ocidental, no passado foram responsáveis por estabelecer as operações comerciais entre impérios, povos, grupos e comunidades da sua região.
Tinham a responsabilidade de ensinar aos jovens a sua cultura, sendo assim a prova viva da força da tradição oral entre os povos africanos. Estão presentes em diversos territórios da África, atualmente, entre os povos: Mande, Fula, Hausa, Songhai, Wolof e o Império Mali.
Existem griots músicos e griots contadores de histórias. Ensinam a arte, o conhecimento de plantas, tradições, histórias e aconselham membros das famílias reais. Muitos são intelectuais instruídos no Alcorão por influência islâmica, o que explica por que a maior parte da epopeia africana se origina em países com forte presença islâmica na vida, no pensamento, na arte e na história da comunidade.
“A história oral faz parte da tradição dos povos espalhados pelo globo terrestre. Através da tradição oral dos povos, se torna possível a transmissão de conhecimentos que não estão presentes na história geral. Por essa razão, a história oral pertence ao universo da micro-história. Antes da criação da escrita, a oralidade era o meio utilizado para a propagação de sabedorias e estórias que possuíam um caráter moral e ético.” (Carlos Néri)
A HERANÇA CULTURAL INDÍGENA BRASILEIRA
Na gênese do povo brasileiro, há de se destacar a influência da cultura e costumes herdados dos povos indígenas pré-colombianos, tais como: língua, folclore, costumes, culinária, entre outros.
Ao se analisar os processos históricos, observa-se a relevância dos códigos escritos para a preservação da memória; no entanto, os povos indígenas, que já habitavam o território brasileiro antes da chegada dos europeus e africanos, valeram-se da pintura rupestre, da produção de esculturas e da manutenção da tradição oral.
Nesta perspectiva, os relatos orais contados de geração em geração pelos indígenas brasileiros, também se constituiram em objeto de estudo, e nesse sentido, sabemos mais sobre os principais povos da atualidade: Guarani, Ticuna, Caingangue, Karajá, Pataxó, Macuxi, Terna, Guajajaras, Ianomâmi, Xavante e Potiguara.
Ao aprofundar nossos saberes, constatamos que nem sempre os códigos de linguagens possuíam símbolos definidos, e para manter a memória e a tradição, as famílias utilizavam a contação de histórias a fim de relembrar e relatar os fatos marcantes da vida em comunidade.