O evento tem o intuito de promover espaços formativos via conferências e oficinas que refletirão a temática das relações étnico-raciais e a valorização do seu tratamento na prática da literatura infanto-juvenil escolar. Na sua primeira edição, o tema em destaque: “SABERES INVISIBILIZADOS NO MÉDIO SUDOESTE BAIANO” provoca atenção para a nossa herança ancestral, o legado afro-indígena em nosso território, sobretudo para a memória histórica, sucumbida pela narrativa hegemônica dos nossos algozes.
A ação extensionista em tela, justifica-se pela necessidade de combater o racismo e o preconceito étnico racial por vezes engessados em alguns contextos educacionais, reforçados sobretudo, por práticas educativas que supervalorizam uma literatura hegemônica/eurocêntrica, interditando o currículo escolar, negligenciando as reais histórias do nosso povo preto-indígena, os contos afro-indígenas brasileiros, os saberes ancestrais e a pluralidade cultural do país. Também, alinha-se a relevância desta reflexão, a obrigatoriedade de inserção da história e da cultura afro-brasileira e indígena nos processos educativos, amparada pela legislação educacional brasileira, por intermédio da Lei 10.639/03 e a Lei 11.645/08, respectivamente.
O evento é uma ação multicampi, coordenado pela docente Letícia Azevedo do Departamento de Ciências Humanas Educação e Linguagem (DCHEL) – Campi Itapetinga e pelo docente Gerson Farias do Departamento de Ciências Exatas e Tecnológicas (DCET) do Campi de Vitória da Conquista, envolvendo em sua organização discentes do curso de Pedagogia e Matemática da UESB.
Colaboradores: Secretaria Municipal de Educação, Cultura, Ciência e Tecnologia de Itapetinga; Núcleo de Permacultura Sete Cascas; Programa Ludoteca: um espaço de práticas interdisciplinares em educação e a Teia dos Povos.
Descrição do público-alvo: Professores/as e alunos da Educação Básica da rede municipal de Itapetinga e região; discentes dos cursos de licenciatura, bacharelado, Pós-Graduação e áreas correlatas com a temática do evento, grupos comunitários, movimentos sociais e afins.
O evento será sediado em Itapetinga – cidade que carrega em seu nome o legado indígena: “Pedra Branca” (no Tupy-Guarani).