PROJETO DE VIDA 2 ANO A/B/C/D 24/09
PLANEJAR O FUTURO E DEFINIR AS AÇÕES.
MEUS OBJETIVOS ESTÃO DEFINIDOS. E AGORA?

Esclarecer e explorar uma das etapas do Plano de Ação: os objetivos, que derivam diretamente das premissas, e constituem uma etapa essencial para o estabelecimento de metas em um Projeto de Vida.

Retomando um famoso episódio da saga exemplar do herói mítico Ulisses
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EM UM PLANO DE AÇÃO NOÇÕES DE:   OBJETIVOS / METAS E AÇÕES.
Em um Plano de Ação, os OBJETIVOS têm a função básica de conduzir às METAS. Mesmo que estas
estejam distantes, é a partir do lugar e das condições atuais que se estabelecem os OBJETIVOS. A
cada META alcançada, há a aproximação com o OBJETIVO. Alguns objetivos nos ajudam em maior,
outros em menor grau, mas sempre como um percurso indispensável para o que se quer atingir.
 
Os OBJETIVOS descrevem o que se quer atingir. Entre ele se as METAS, estão as AÇÕES detalhadas, e por isso os OBJETIVOS devem ser claros, descritos com a maior precisão possível, exequíveis e passíveis de avaliação concreta ao final de um período..
É dos OBJETIVOS que surgem as METAS. Não existem metas por si mesmas. Ser aprovado no vestibular, por exemplo, não é um objetivo, mas uma meta; e só será realmente uma meta se estiver brotado do objetivo que, para ser atingido, pressupõe a aprovação no vestibular – por exemplo, o objetivo de tornar-se um filósofo.

Das AÇÕES  detalhadas, nascem aquelas que são prioritárias.
Assim, os OBJETIVOS poderão ser ajustados a esses novos conceitos, à medida que forem assimilados no processo de elaboração de seus projetos de vida.







OS CONCEITO CITADOS ACIMA VAI LHE AJUDAR A RESOLVER A QUESTAO ABAIXO E REFLETIR SOBRE OS SEUS OBJETIVOS PARA A ELABORAÇÃO DO SEU PROJETO DE VIDA.


Faça a leitura do texto ABAIXO , em seguida foque nos objetivos de ulisses, e a partir dai comece a refletir sobre os seus objetivos.





 TEXTO: Um ciclope no caminho de Ítaca.                                                                
Ulisses não escolheu ir à Guerra de Troia. Muito pelo contrário. Ao ser convocado a pegar em
armas, fingiu-se de louco para ser dispensado. Porém o seu ardil foi descoberto e não restou alternativa senão combater em nome de seu povo.

Contudo, não tendo escolha, Ulisses tinha uma visão: voltar inteiro para casa e continuar a ser rei
em sua terra, ao lado da esposa e do filho. É uma longa história, com inúmeras peripécias, e a saga
só se conclui ao final de vinte anos do herói longe de casa.

Plano de Ação é o que não falta nessa grande aventura. Pudera: a fama de Ulisses se deve justamente à sua capacidade prodigiosa de arquitetar, minuciosamente, as suas ações. Pode-se dizer,
aliás, que, a cada nova descoberta de Ulisses, a cada encontro com reis, rainhas, princesas, feiticeiras, ninfas e outras criaturas fantásticas, o que o leitor acompanha durante a leitura é a recriação e o aperfeiçoamento desse plano, conforme as orientações que o herói vai recebendo pelo
caminho. Alguns episódios são exemplares nesse sentido, pois se reconhece seu Plano de Ação
articulado por inteiro. Sem dúvida, o episódio de número 9 – ou Canto IX, como é mais conhecido
– é um dos exemplos mais perfeitos disso. Então, vale a pena repassá-lo aqui.

Após enfrentar dez dias de intensa tempestade em alto mar, Ulisses e seus companheiros ancoram em uma ilha sinistra, habitada pelos famosos ciclopes, gigantes monstruosos com apenas
um olho no meio da testa. Disposto a conhecer esses estranhos habitantes e com esperanças de
poder contar com o auxílio deles, o herói, acompanhado de doze companheiros, segue rumo à
caverna de uma daquelas criaturas. A “casa” também era muito sinistra: além de ser uma caverna
enorme e escura, era cheia de cabritos e cordeiros que o gigante criava para alimentar-se. Mas,
na hora da chegada dos aventureiros, o monstro não está em casa e eles aproveitam para comer
um pouco dos muitos queijos que ali havia.

Finalmente o ciclope chega, com um enorme feixe de lenha para cozinhar. Entra na caverna e
fecha a entrada com uma pedra tão enorme que homem nenhum teria força para movê-la do
lugar. Estavam todos, portanto, literalmente em um beco sem saída. Ao acender o fogo, o gigante
finalmente nota a presença dos forasteiros e, com cara de poucos amigos, pergunta o que fazem
ali. Ulisses então conta um pouco das desventuras sofridas recentemente e suplica por abrigo e
outros auxílios, em nome dos deuses. Nem um pouco comovido com a história, o ciclope, que se
chama Polifemo, pergunta onde foi que eles ancoraram seus navios. Ulisses, claro, não era bobo,
e não entregou o seu tesouro para o inimigo. Mentiu. Disse que tudo o que possuía fora destruído
pelo mar. O ciclope se cala por um instante, e o que se segue é tão tenebrosamente cinematográfico que vale a pena ler como Homero descreveu essa que é uma das cenas de maior impacto de
todo o livro. Prepare o estômago:

“Pôs-se de pé de um salto, estendeu as mãos sobre meus companheiros e, agarrando dois duma
vez, como se fossem cachorrinhos, esmagou-os de encontro ao solo; os miolos escorreram pelo
chão, umedecendo a terra. Ele os picou membro a membro, preparando a refeição, comeu, como
um leão montês, as vísceras, as carnes e os ossos medulosos, sem deixar resto. Nós outros, em
pranto, erguemos as mãos para Zeus, ao vermos aquela crueldade, com o coração entregue ao
desespero. O ciclope, depois de fartar de carne humana seu estomago imenso e beber leite puro
por cima, deitou-se na caverna, de comprido, entre os carneiros”.171

Uma vez adormecido o inimigo, seria um bom momento para matá-lo. Certo? Errado. Se o ciclope
fosse morto, quem poderia remover a enorme pedra da entrada? Imagine então o esforço de
Ulisses em controlar sua fúria e desejo de vingança, tendo assistido à cena acima!

Manhã seguinte, Polifemo acorda e abate mais dois amigos de Ulisses e os devora. O monstro
conduz o rebanho para fora da caverna, sai em seguida assoviando e fecha a entrada novamente
com a pedra. Mais uma vez, o beco é sem saída. Mas, enquanto o inimigo não retorna, Ulisses se
põe a matutar sobre como ir à desforra e debandar dali. Quando o ciclope retorna, a vingança já
está cuidadosamente concebida.

Ao voltar, Polifemo guia o rebanho para dentro da caverna, entra na casa e fecha a entrada com a
pedra. Mata mais dois companheiros de Ulisses e janta-os. Nesse momento, com um autocontrole admirável, enquanto o ciclope mastiga seus amigos, o herói tira do alforje uma garrafa de vinho
e oferece-a ao inimigo. Ele toma grandes doses da bebida e embriaga-se até dormir. A cena que
se segue a isso também é digna de ser narrada apenas por Homero:

“Da goela escapava-lhe vinho e bocados de carne humana, que ele arrotava, bêbado. Enfiei então
o toro no borralho abundante, para aquecê-lo; dirigi palavras de acoroçoamento a cada um de
meus companheiros, para que nenhum recuasse amedrontado. Quando, enfim, o toro de oliveira
estava a ponto de inflamar-se, brilhando terrivelmente, apesar de verde, tirei-o do fogo e trouxe-o
para perto. Os camaradas rodearam-me; um deus lhes inspirava uma grande coragem. Ergueram
o toro de oliveira de ponta aguçada e cravaram-no no olho do Ciclope enquanto eu, pesando de
cima, o fazia girar; era como um homem furando uma prancha de navio com um trado, enquanto
outros, por baixo, fazem este girar numa correia, cujas pontas seguram, e o trado volteia sempre,
firme no lugar. Foi assim que agarramos o toro aguçado ao fogo e o fizemos girar em seu olho. O
sangue escorria em volta do toro ardente. Queimava inteiramente as pálpebras e as sobrancelhas
o vapor exalado da pupila a arder, cujas raízes frigiam na chama. Quando um ferreiro mergulha na
água fria da têmpera, que é donde vem a força do ferro, um machado grande ou uma acha-de-
-armas, esta chia forte; silvava assim o seu olho em volta do toro de oliveira. O Ciclope soltou um
urro terrível; a rocha reboou em redor; nós, apavorados, recuamos, enquanto ele arrancava do
olho o toro ensanguentado; lançou-o de si, em seguida, agitando os braços”.171

Vingança feita, resta ainda sair daquele antro. Polifemo remove a pedra da entrada e senta-se à
porta, esperando o momento em que os inimigos tentarão escapar. Mais uma vez, porém, Ulisses
já havia arquitetado um audacioso plano. Havia grandes carneiros na caverna, então o herói amarrou-os, de três em três, com vime flexível extraído da própria cama do ciclope. Sob o carneiro
do meio, prendeu um dos companheiros sobreviventes, de modo que os dois carneiros do lado
protegiam o homem escondido. Fez o mesmo procedimento para cada um dos demais amigos. E
como não tinha quem amarrasse ao próprio Ulisses, eis o que se deu: “quanto a mim, restava um
carneiro, incomparavelmente o melhor de todo o rebanho; abracei-me a seus flanco, encolhi-me
sob o seu veloso ventre e ali fiquei, com coragem no peito, agarrado com as mãos aos flocos prodigiosos e colado vigorosamente”.

Desse modo é que finalmente conseguem escapar das garras do ciclope e retornar para seus barcos, sempre rumo a Ítaca!

Ulisses tinha uma visão, que, como se sabe, é anterior ao encontro com Polifemo: sua visão era
regressar aos braços da esposa e do filho. Estabelecido isso, havia uma missão: ser excelente no
contato com os homens e outros seres encontrados no caminho, aprendendo com eles as ações
necessárias e a rota de retorno a Ítaca. Assim, precisou se esmerar com astúcia e malícia, comoos objetivos, que derivam diretamente das premissas, e constituem uma etapa essencial para o estabelecimento de metas em um Projeto de Vida
vimos no episódio acima, e isso fez dele um homem que despertou grande simpatia dos deuses.
Tendo uma missão, o herói precisava de algumas premissas, especialmente nesse Canto IX, que
podem ser resumidas assim: manter-se sereno e ponderado, mesmo em situações desesperadoras, para pensar a melhor maneira de pôr em prática ora a força física ora a astúcia diante do
inimigo ou em situações adversas. Postas as premissas, vem o próximo passo do Plano de Ação de
Ulisses: definir os objetivos – que, aliás, é o tema específico desta aula.

Sendo assim... Você seria capaz de identificar, no contexto do episódio do ciclope, quais foram
os objetivos de Ulisses? Durante toda a Odisseia, há inúmeros objetivos, mas quais são os que
aparecem especificamente nesse Canto IX?




OBSERVE A PARTIR DA LEITURA DESSE TEXTO E DA REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE ABAIXO, O OBJETIVO É QUE VOCÊ ALUNO FAÇA UMA REFLEXÃO SOBRE 0S OBJETIVOS, QUE DERIVAM DIRETAMENTE DAS PREMISSAS, E CONSTITUEM UMA ETAPA ESSENCIAL PARA O ESTABELECIMENTO DE METAS EM SEU PROJETO DE VIDA.
No contexto da prisão na caverna do ciclope, esquematize os objetivos de Ulisses. Ou seja, deduza descrevendo os objetivos/ metas e ações implícitos nas atitudes desse herói.  ( Para cada objetivo uma meta e uma ação).   *
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