Inscrição gratuita para as oficinas oferecidas pela IV Mostra Arandu.
(As oficinas serão realizadas presencialmente no Campus IV da Universidade Federal da Paraíba)
Sobre as oficinas:
1- Os usos da fotografia em antropologia: desafios e possibilidades expográficas:
Data: 13, 14 e 15 de Setembro
Horário: 15h – 18h
Oficineiro: Yuri Schönardie Rapkiewicz (Doutorando PPGA/UFPB)
Monitora: Rafaela Sualdini (Graduanda em Antropologia CCAE/UFPB)
Sinopse:
Esta oficina oferecerá olhares introdutórios e criativos sobre a organização de exposições fotográficas no âmbito da Antropologia, por meio da apresentação de exemplos aplicados e relatos de experiências do proponente (com base na sua trajetória na área enquanto pesquisador e produtor cultural), somados a realização de diálogos e exercícios experimentais coletivos de planejamento, produção de fotografias, curadoria e montagem de uma exposição temática sobre a cidade de Rio Tinto – PB, que será o resultado final da atividade.
2- Emaranhados criativos e olhares (antro)poéticos:
Data: 13 e 15 de Setembro
Horário: 15h – 17h.
Oficineiros: Sarayna Martins (Doutoranda PPGA/UFBA) e João Vítor Velame (Mestrando PPGA/UFPB).
As cidades são marcadas por múltiplos sentidos e suas formas de habitá-las. Inspirados em Italo Calvino (1972) – Cidades Invisíveis, temos como objetivo refletir sobre “a cidade dos antropólogos: narrativas do andar e a cultura do chão”. Esta oficina tem como objetivo pensar “desenhativamente” (KURSCHINIR, 2016) a antropologia em nossas trajetórias cotidianas a partir do uso do “diário de campo e do diário gráfico” (AZEVEDO, 2016), a partir de uma perspectivas da “peregrinação” (INGOLD, 2015) dos corpos que se movimentam na cidade, onde “a vida de uma pessoa é a soma de suas trilhas, a inscrição total de seus movimentos, algo que pode ser traçado ao longo do chão.” (WAGNER, 1986, p. 21). A partir da caminhada na cidade, criaremos emaranhados criativos na cidade de Rio Tinto – Paraíba, Brasil. Praticando juntos as possibilidades de um fazer etnográfico desenhado. Esperamos que os participantes desenhem os lugares do seu dia a dia, seja dentro de casa ou fora do espaço privado, indo de encontro com espaços urbanos e seus arredores, reconhecendo como um lugar que constrói o seu ser. Afinal, que ambientes são esses? Por que chegastes até aí? Por onde se começa e onde se termina? Para onde devemos olhar? Quais movimentos e linhas devo inscrever nesta trajetória?
Deixaremos aqui para os participantes usarem da sua imaginação, como um pintor faz ao criar uma obra de arte, ou um cientista ao fazer um experimento. Deixamos que a sua imaginação lhe guie, afinal, “caminhar é viajar na mente, tanto quanto sobre a terra: é uma prática profundamente meditativa. E ler é viajar na página, tanto quanto na mente.” (INGOLD, 2015. p. 289).
Você é um peregrino, você inscreve a sua trajetória. “O peregrino está continuamente em movimento […] mais estreitamente, ele é o seu movimento” (INGOLD, 2015, p. 221).
Aqui você inscreve suas linhas na superfície desse mundo. Estes caminhos dizem respeito a um passado, a um presente e a um futuro, em que a liberdade da escrita torna-se essencial para criação de um projeto todo seu, “desde que vocês escrevam o que desejarem escrever, isso é tudo que importa; e se vai importar por séculos ou apenas horas, ninguém pode dizer.” (WOOLF, 1929, p. 106).
Como produto final a partir dos desenhos realizados sobre os caminhos individuais e coletivos faremos uma montagem para compreendermos como cada pesquisador se inscreve no espaço urbano a partir das suas circulações, assim como diria Certeau (1996), caminhar é ter falta de lugar, e andar revela que “os jogos dos passos moldam os espaços, tecem os lugares” (CERTEAU, 2004, p. 176) e nos tecemos a partir de nossas trajetórias.
3- Produção Audiovisual:
Data: 12, 13 e 14 de Setembro
Horário: 15h – 17h.
Oficineiras: Cíntia Di Giorgi (Mestranda PPGA/UFPB) e Gabriela Lucena (Mestranda PPGA/UFPB)
Sinopse:
Esta oficina pretende elaborar de forma prática princípios básicos do audiovisual: registro de imagens em movimento e sons, organização e decupagem destas imagens e montagem. A ideia é discutir a imagem como produção de memórias da IV Mostra Arandu, apresentando várias possibilidades de registros de imagens que podem ser feitos a partir de diferentes abordagens documentais. Os inscritos serão responsáveis pela produção de imagens e elaboração de dois teasers sobre a experiência proporcionada pela IV Mostra Arandu de Filmes Etnográficos.
