Seminário Psicologia e Extremismos Políticos - Evento Preparatório - Florianópolis - 31/03/2023

O Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12), por meio do seu Grupo de Trabalho - Psicologia Política, irá realizar o I Seminário Psicologia e extremismos políticos: subjetivações em contextos de violência e ódio.  O evento ocorrerá dia 06 de Junho de 2023.

Para iniciar os debates que irão acontecer no seminário, o Conselho Regional de Psicologia de Santa Catarina (CRP-12), por meio do seu Grupo de Trabalho  Psicologia Política, irá realizar eventos preparatórios nos meses de março e maio nas regiões da Capital (Florianópolis), extremo oeste (São Miguel do Oeste), Norte (Joinville) e Sul (Criciúma).

EM FLORNAÓPOLIS O EVENTO PREPARATÓRIO VAI ACONTECER NO DIA 31/03/2023 ÀS 19h.

Dessa forma, convidamos todas(os) as(os) psicólogas(os) a eleger por meio de enquete um dos temas abaixo para ser desenvolvido na sua região.  A enquete abaixo pode ser respondida ATÉ 20/03. Contribua!

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CONTEXTUALIZAÇÃO TEMA 1:

Psicologia, extremismo político e produção de uma sociedade autoritária: Há décadas, pesquisadores/as, intelectuais  e movimentos sociais têm apontado para o fato de que a sociedade brasileira é profunda e estruturalmente marcada pela violência e pelo autoritarismo. Tais expressões podem ser observadas nas complexas tramas dos antagonismos sociais que marcam o país desde o período da invasão colonial até o presente momento. Apesar de essas características serem constitutivas das relações sociais no Brasil há séculos, nos últimos anos temos observado - não de forma inédita - um acirramento de perspectivas político-ideológicas que podem ser localizadas no campo do extremismo político. A adesão massiva aos extremismos políticos tem contribuído para a disseminação de políticas de ódio, para a supressão dos dissensos e de direitos, para a aniquilação das diferenças e para as ameaças à democracia - processos estes que atingem, especialmente, grupos minoritários, como as populações negra, quilombola e indígena, mulheres, pessoas LGBTI+, migrantes, pessoas com deficiência etc. A violência, como um dos efeitos dessas artimanhas (psico)políticas, se faz presente em todo o território brasileiro e tem se manifestado em diversos níveis: das esferas interpessoais às institucionais, políticas e sociais. Nesse sentido, considera-se urgente que as ofensivas políticas extremistas, a violência e o autoritarismo se constituam como material de reflexão e análise da psicologia, na medida em que esses fenômenos produzem realidades psicossociais com as quais profissionais de psicologia lidam cotidianamente: sofrimento psíquico, traumas, exclusão, segregação e adoecimentos de toda ordem. Diante desse quadro, a Roda de Conversa “Psicologia, extremismo político e produção de uma sociedade autoritária” proposta pelo Grupo de Trabalho “Psicologia Política” do CRP-12 visa possibilitar um espaço de trocas e debates acerca desses fenômenos tão presentes nas realidades brasileiras.

CONTEXTUALIZAÇÃO TEMA 2: 

(De)colonialidade: de qual "civilização" se fala?: O processo de colonização pelo qual passou o Brasil (e toda a América Latina e a África) deixaram cicatrizes e traumas coletivos (como os genocídios e epistemicídios negros e indígenas, o tráfico de africanos e os processos de escravização) que repercutem de forma profunda nas relações que estabelecemos com a terra, com as ancestralidades, com as epistemologias e cosmologias originárias (sobretudo negras e indígenas) e com os modos de nos compreendermos como país e coletividades. Nos rastros da Modernidade europeia, se construíram hegemonias que foram formando uma ideia qualificadora do “humano”, do “civilizado”, do “moderno”, do “racional”, do “normal”. Partindo de concepções de um sujeito supostamente universal (homem, europeu, branco, heterossexual, cisgênero, sem deficiência e com poder de consumo), ramos das ciências e de certas racionalidades políticas e econômicas passaram a informar um modelo de civilidade ideal, ajustada, adaptada e bem-comportada. Todos os corpos, sujeitos e modos de vida que escapavam/escapam a essas prerrogativas passaram/passam a ocupar o lugar da subalternidade, daquelas existências que não são dignas de reconhecimento e que, portanto, são tratadas como menos dignas de viver - corpos e vidas “matáveis”. Reconhecer essas marcas na construção das nossas teorias, práticas e fazeres profissionais tem se constituído como um desafio e um compromisso de decolonização diante da colonialidade do saber e do poder. A partir desse giro ético, político e epistemológico, pensadores/as, ativistas e intelectuais têm proposto reflexões que visam ampliar as possibilidades de reconhecimento das multiplicidades que compõem as diversidades étnico-raciais, de gênero e sexuais. Buscando aprimorar esse debate no interior da própria psicologia (bem como no diálogo desta ciência e profissão com outras instâncias e atores sociais), a Roda de Conversa “(De)colonialidade: de qual "civilidade" se fala?” proposta pelo Grupo de Trabalho “Psicologia Política” do CRP-12 tem como objetivo mobilizar essas problemáticas ainda tão pouco debatidas entre a categoria profissional.

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