O Educação na Praça é um projeto de formação de educadores do Espaço do Conhecimento UFMG. São realizados encontros que abarcam diferentes áreas do conhecimento. A atividade é aberta a educadores de ambientes escolares e não escolares, alunos de licenciatura, demais trabalhadores da educação e da cultura.
Este projeto é mantido em parceria com grupos de pesquisa e extensão da UFMG e com a equipe de curadoria das exposições do Espaço do Conhecimento UFMG.
A edição do mês de março do Educação na Praça traz como tema "Mulheres na Ciência".
O campo das ciências, na grande maioria das vezes, se mostra como um reduto dominantemente masculino, que renega posições de liderança a mulheres e inibe jovens garotas de seguir carreira científica. Estereótipos de gênero desestimulam o interesse em áreas da ciência e condicionam a perpetuação da invisibilização feminina no campo. Desde Marie Curie, somente 17 mulheres receberam um Prêmio Nobel em física, química ou medicina, enquanto 572 homens foram premiados nas mesmas áreas, cerca de 97% do total.
Como uma oportunidade de criação de possibilidades melhores para o futuro, o projeto Educação na Praça, do Espaço do Conhecimento UFMG, traz, no dia 25/03 (sábado), às 14h, uma roda de conversa sobre a temática “Mulheres na Ciência”, direcionada a professores da educação básica, alunos de licenciatura, educadores de museus e demais interessados. As convidadas para o bate-papo são: Érica Renata de Souza, pós-doutora em Política Científica e Tecnológica, doutora em Ciências Sociais, mestre em Antropologia e graduada em Pedagogia, além de professora do Departamento de Antropologia da UFMG e coordenadora do Grupo de Pesquisa "Gênero e sexualidades", e Natália Amarinho, formada em Física Licenciatura, mestre em Astrofísica, doutora em Ciências/Astronomia e integrante dos grupos LBsTEM (Sapa Cientista) e o conselho IDEA (Inclusão, Diversidade, Equidade e Aliança) da Sociedade Americana de Física (APS).
Segundo dados do estudo "Androcentrismo no Campo Científico: Sistemas Brasileiros de Pós-Graduação, Ciência e Tecnologia como estudo de caso” realizado em 2022, apesar de serem maioria entre estudantes de mestrado (57%) e doutorado (54%), as mulheres ainda continuam sub-representadas nas posições de coordenação de grupos científicos (38%) e bolsistas de pesquisa (25%). Esses números ilustram como é urgente, não apenas no mês do Dia Internacional da Mulher, discutir e enfrentar as dificuldades estruturais e institucionais com as quais as mulheres lidam ao iniciar, manter e progredir em carreiras científicas.
Em uma troca de experiências, as convidadas e os participantes discutirão o longo caminho a ser percorrido para a garantia da liberdade das mulheres, dentro e fora das ciências, bem como para o fim de muitas formas de violência que ainda se naturalizam sobre estas.
Quando: 25/03 (sábado), às 14h.
Onde: Espaço do Conhecimento UFMG, Praça da Liberdade, 700 - Funcionários, Belo Horizonte - MG, 30140-010
Público alvo: professores do Ensino Básico e estudantes dos cursos de licenciatura,
demais trabalhadores da educação e da cultura.
Obs.: O evento será acessível em Libras e haverá emissão de certificado após o evento.
