A
produção
de versos rimados não deve ser considerada como uma produção
espontânea e ingênua,
pois por trás dos folhetos de versos temos as vozes criadas e
transmitidas por poetas que cumprem uma função literária e
histórica. Além de serem testemunhas de um passado, também são
formas de ler e ouvir diferentes de um texto convencional.
As
rimas dos cordéis produzem deslocamentos de sentidos, e a partir do
riso e da ironia podem se apresentar como uma maneira bem peculiar de
representação das questões socioculturais e políticas da
sociedade brasileira. Além de, tomarem como “mote” temas que
povoam o imaginário sertanejo como as lendas, mitologias,
metamorfoses de seres humanos em bestas. Assim, constituindo um
verdadeiro Bestiário Nordestino.
Diante
disso, a presente oficina busca aproximar o público da arte do
cordel e suas diferentes formas de representar os monstros e bestas
que povoam a imaginação popular. Partindo
das origens da Literatura de Cordel, passando pala técnica da
xilogravura, estrutura e tipos de estrofes, rima e ritmo, até a
produção literária de um cordel coletivo feito pelo público
participante, buscando dialogar com a exposição Bestiário
Nordestino.
Ministrante:
Renan
Brito (Mestrando em História Social - UFC; Graduado em História -
UECE; Escritor e Educador do Museu da Cultura Cearense)
Dia
21,
às
16h,
na
exposição
Bestiário Nordestino (MCC).
Duração:
2h/a. Público alvo: interessades em geral a
partir de 12 anos.
Vagas: 10. Acesso a
partir de 12 anos.
Gratuito.
Inscrições via
formulário virtual.
Dúvidas e informações: 3488-8621