O Educação na Praça é um projeto de formação de educadores do Espaço do Conhecimento UFMG. São realizados encontros que abarcam diferentes áreas do conhecimento. A atividade é aberta a educadores de ambientes escolares e não escolares, alunos de licenciatura, demais trabalhadores da educação e da cultura.
Este projeto é mantido em parceria com grupos de pesquisa e extensão da UFMG e com a equipe de curadoria das exposições do Espaço do Conhecimento UFMG.
A edição do mês de agosto do Educação na Praça traz como tema "Marco Temporal e os Povos Indígenas".
O Projeto de Lei 490/2007 (PL 490), em apreciação no Senado Federal, e a tese do Marco Temporal, em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF), trazem preocupações relacionadas ao direito constitucional das comunidades indígenas sobre suas terras, guiadas por propostas com o potencial de impactar de maneira significativa o equilíbrio ambiental da Amazônia e do Brasil como um todo. Segundo o projeto, para ser considerado território indígena, é necessário comprovar que, na data de promulgação da Constituição de 1988, as terras eram habitadas pelos indígenas em caráter permanente. Entretanto, no texto constitucional não há nenhuma data estabelecida como referência para a demarcação dessas terras. Dados do Instituto Socioambiental (ISA) apontam que indígenas ocupam pouco mais de 13% das terras brasileiras. O latifúndio domina 20% do território nacional, de acordo com o Censo Agropecuário 2017 do IBGE, e o pasto, por sua vez, ocupa 22% do país, segundo o MapBiomas e o Atlas Digital das Pastagens Brasileiras. Os números demonstram, portanto, que a proteção das terras indígenas também é essencial para a preservação do meio ambiente.
Para discutir os impactos do PL 490 e da tese do Marco Temporal, o Espaço do Conhecimento UFMG, no âmbito do projeto “Educação na Praça”, promove a roda de conversa “Marco Temporal e os Povos Indígenas” no dia 26 de agosto (sábado), às 14h, direcionada a professores da educação básica, estudantes de licenciatura, educadores museais e demais interessados.
Os estudantes indígenas da UFMG Anaine Taukane, Karine Weridã e Ka'a Membyra, jovens que têm se engajado ativamente no movimento indígena no Brasil, são os convidados da atividade. Anaine Anikualo Taukane é do povo Pankararu, estudante de Direito e membro do Coletivo Indígena da UFMG. Karine Waridã é do povo Xakriabá, estudante de Direito na UFMG, membro do Coletivo Índígena e da Comunicação Indígena da UFMG e da Articulação da Juventude Xakriabá. Ka'a Membyra, do povo Potiguara, é técnico em Guia de Turismo, estudante de Antropologia e membro do Coletivo Indígena e da Comunicação Indígena da UFMG
Quando: 26/08 (sábado), às 14h.
Onde: Espaço do Conhecimento UFMG, Praça da Liberdade, 700 - Funcionários, Belo Horizonte - MG, 30140-010
Público alvo: professores do Ensino Básico e estudantes dos cursos de licenciatura,
demais trabalhadores da educação e da cultura.
Obs.: O evento será acessível em Libras e haverá emissão de certificado após o evento.