Manifesto Por uma Nilópolis Dirigida pela Juventude Negra e Trabalhadora
POR UMA NILÓPOLIS DIRIGIDA PELA JUVENTUDE NEGRA E TRABALHADORA

O ano de 2020 tem sido marcado por crises que a nossa geração nunca viveu antes e o processo eleitoral não se desloca dessa realidade. Vivemos o aprofundamento da crise política da família Bolsonaro que em sua forma mais fascista tenta se impregnar nas cidades pelas eleições municipais. O cenário da pandemia do novo coronavírus agrava ainda mais essa crise: expõe as desigualdades, o racismo estrutural e estruturante da sociedade, a violência doméstica que aumenta para as mulheres e LGBTs que passam o isolamento social com seus agressores, além da nova escravidão neoliberal chamada de “empreendedorismo” vivida por muitos jovens negros e pobres que não concluem o ensino formal e optam por trabalhos precarizados.

Porém, uma nova juventude insurge neste momento. Vimos após a morte cruel de George Floyd a negritude se levantar mais um vez contra o racismo no mundo todo. Vimos o que nós, entregadores, passamos para nos adaptarmos ao “novo normal” dos mais ricos que pedem, mais do que nunca, o serviço delivery, mas brecamos os aplicativos para mostrarmos que sem nosso trabalho o sistema não anda. Vimos a solidariedade crescer em nosso povo, mostrando cada vez mais que é nós por nós e vimos brilhar essa juventude insurgindo para uma nova esperança. Precisamos afirmar nossa responsabilidade sobre a reorganização da ordem social e disputar mentes e corações para a construção de um novo normal revolucionário.

Nesse sentido buscamos um novo horizonte para Nilópolis. A cidade com maior densidade demográfica da Baixada Fluminense, com maior índice de mortalidade infantil do estado, onde a média salarial da população não chega a dois salários mínimos e onde a cada 100 habitantes apenas 11,9 possuem empregos formais. Metade das pessoas assassinadas pela polícia são negras e os trabalhadores e trabalhadoras da capital que apenas dormem aqui pouco usufruem da cidade. Precisamos romper com essa realidade, desenhar a esperança no rosto do nosso povo e escrever um novo futuro.

Por uma Nilópolis dos trabalhadores! Não encontramos rostos como os nossos nas cadeiras da câmara e consequentemente não temos políticas públicas formuladas para nós. Somos jogados às margens pela política colonialista da cidade que se alimenta do jogo do bicho, da violência e se centraliza nas grandes famílias que governam para seus próprios interesses.

Sou Saulo Benicio, mototaxista e entregador delivery, sou cria de Nilópolis e estudante de história da UERJ, graças ao Movimento de Educação Popular +Nós, que possui uma unidade na cidade. Sou jovem, negro, trabalhador e quero te convidar a ocupar as instituições comigo, rompendo com a lógica da velha política nilopolitana. É preciso coragem para encarar o futuro, mas caminhando juntos é possível ter uma Nilópolis popular, antirracista, trabalhadora, feminista, antiLGBTfóbica, cultural e com uma segurança pública que nos enxergue como cidadãos e não como alvos. Diante dos desafios colocados por essa conjuntura caótica, pretendo colocar um pé na institucionalidade, mas com sua ajuda, construir uma câmara popular, com mais de 160mil pés fora dela. Vem comigo, pega essa carona pra ocuparmos não só as ruas, mas a política nilopolitana também, por uma Nilópolis dirigida pela juventude negra e trabalhadora!

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