9. “Ainda
assim, a vida é maior, o direito de nascer e morar num caixote à beira da
estrada. Porque um dia, e pode ser um único dia em sua vida, um deserdado
daqueles sai de seu buraco à noite e se maravilha. Chama seu compadre de
infortúnio: vem cá, homem, repara se já viu céu mais estrelado e mais bonito
que este! Para isto vale nascer.”
PRADO, 2011, 2014, p. 121.
Cada
galáxia, cada estrela, cada planeta - é maravilhoso o que vemos no céu. E, de
tanto o ser humano olhar, ele percebeu regularidades. O sol nasce e morre, mas
renasce no dia seguinte. As estrelas morrem durante o dia, mas renascem à
noite. As nuvens escondem os astros, que renascem após elas saírem. Tudo isso
deu ao ser humano uma ideia de imortalidade, de vida após a morte, de Deus, tão
presente no livro de Adélia Prado.
Uma
regularidade presente no movimento dos astros é: