A Sapatá – Rede Nacional de Promoção em Saúde e Controle Social de Políticas Públicas, é um espaço suprapartidário, democrático de articulação constituído por mulheres lésbicas, bissexuais e transsexuais negras, autônomas, de organizações e movimentos, bem como de ativistas negras, jovens, indígenas e de comunidades tradicionais, com diferentes orientações sexuais,  que lutam pelo enfrentamento e superação do racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia, pela livre orientação sexual e afetiva e pelos direitos das mulheres enquanto direitos humanos.

Tem um caráter democrático, baseado na cosmo visão africana de respeito à ancestralidade, equidade, horizontalidade, circularidade respeito às diferenças e construção coletiva.

Constitui-se como espaço importante de articulação, formação e fortalecimento das mulheres lésbicas, bissexuais e transsexuais negras, indígenas e de comunidades tradicionais e jovens para o controle social das Políticas Públicas em especial as de Saúde e Educação, defesa dos direitos sexuais e reprodutivos enquanto direitos humanos e da luta contra o racismo, intolerância religiosa, Machismo, sexismo, lesbofobia e transfobia enquanto pressuposto para efetivação de uma sociedade justa e equânime.

Os Princípios desta Carta devem ser respeitados por todas que queiram participar desta Rede e são norteadores de suas ações. A saber:

1.Engajamento na luta contra o racismo, sexismo, lesbofobia e transfobia e por respeito à diversidade religiosa, repudiando todas as formas de racismo, etnocentrismo, discriminação, lesbofobia e transfobia e violências contra às mulheres e reconhecimento do direito à liberdade de orientação e expressão afetivo-sexual enquanto direito humano;

2. Defesa dos Direitos Humanos das mulheres lésbicas, bissexuais e transsexuais negras, indígenas e de comunidades tradicionais;

3.Defesa do direito de vivenciar a cidadania de forma plena e ativa, garantido a qualidade de vida, baseado nos direitos humanos, econômico, sociais, culturais e ambientais;

4. Compromisso de atuar em defesa de direitos constitucionais e das políticas públicas que eliminem as discriminações e a violências contra as mulheres;

5. Defender ações afirmativas e políticas públicas de promoção da equidade  que fomentem os direitos das mulheres lésbicas, bissexuais e transsexuais negras (quilombolas urbanas e ruarais), indígenas e de comum idades tradicionais no campo da saúde, educação, meio ambiente, geração de renda para uma cidadania plena;

6. Compromisso com a defesa e preservação do meio ambiente e da sustentabilidade do eco sistema;

7.Partilhar e trocar saberes respeitando as diferenças geracionais,  as perspectivas da juventude, diversidade das trajetórias de suas componentes na perspectiva da construção coletiva e sem hierarquização;