Manifesto: Votar por qual projeto de sociedade?
O projeto de sociedade que tem sido implementado pelo governo Bolsonaro fundamenta-se no desmonte do Estado, na entrega dos recursos públicos e de nossas riquezas naturais para a classe empresarial do campo e da cidade, associada às corporações que representam o capital internacional.

O capitalismo vive uma crise prolongada e a conta que pagamos por ter o Brasil uma economia dependente das grandes corporações econômicas internacionais é o aprofundamento da retirada de direitos e da exploração do trabalho. A expropriação de nossos direitos é a receita para manter as taxas de lucro do capital nacional e internacional. Qual é a face visível e perversa desse projeto?

O alto preço dos combustíveis combinado a uma agricultura agroexportadora que faz subir a inflação, dia após dia, corroendo o poder de compra dos salários. A fome assola nosso país! Falta comida na mesa de milhões de brasileiras e brasileiros!

A mineração, o agronegócio, o garimpo e a exploração de madeira ilegais depredam os biomas brasileiros, especialmente a Amazônia, matam nossos povos originários e aprofundam as causas de uma crise climática planetária.

A precarização dos serviços públicos, especialmente saúde e educação, garante a transferência a cada ano de, em média, 40% do orçamento público para o mercado financeiro por meio do sistema corrupto da dívida pública. Somente este ano foi 1,9 trilhão de reais, enquanto que, para a Educação, foram destinados 374,6 bilhões, 7% do mesmo orçamento, que não será executado integralmente, por causa dos cortes e contingenciamentos consecutivos [1]. Sem serviço público não há acesso gratuito e universal aos direitos sociais garantidos em nossa Constituição!

A privatização do patrimônio público representado por empresas como Petrobrás, Eletrobrás e Correios, que atuam em áreas estratégicas, significa a perda da nossa soberania e a retirada de condições para promover o desenvolvimento de nossas forças produtivas com a justa distribuição da riqueza produzida.

Desemprego e informalidade! Ao trabalhador e à trabalhadora resta a seguinte escolha: trabalhar sem direitos ou não trabalhar! Trabalhar até morrer, sem alcançar a aposentadoria e, caso alcance, não receber o suficiente para uma vida digna.

Além disso, há um projeto obscurantista em curso, que afronta a Ciência, que busca desautorizar as pessoas que dedicaram sua vida à construção de um conhecimento especializado, que menospreza os espaços de debate racional. Esse projeto valoriza manifestações fundamentalistas, incentiva o ataque a pessoas e instituições acadêmicas, menospreza o uso de dados e argumentos. É uma estratégia deliberada para criar um ambiente no qual se torna cada vez mais difícil enfrentar e desmentir afirmações ideológicas e inverdades. Estratégia essa alinhada com lideranças internacionais associadas a setores reacionários da política e economia.

Essas são algumas das consequências nefastas do projeto de sociedade em curso implementado por um Estado policial que incentiva e autoriza a discriminação, a intolerância e a morte da população preta e periférica e dos que enfrentam os promotores desse projeto! Marielle Franco, Evaldo Rosa, João Alberto, João Pedro Mattos Pinto, Guilherme Guedes, Igor Rocha Ramos, Ágatha Vitória Sales Félix, Kathlen Romeu, Moïse Kabagambe, Genivaldo Santos, Bruno Pereira, Dom Phillips e Marcelo Arruda, mais de 680 mil vítimas de Covid são vidas ceifadas pela política em curso, vozes a gritar por outro projeto de sociedade!

Por isso, o imperativo de derrotar Bolsonaro nas urnas! Para termos condições como força social organizada de continuar a luta por outro projeto de sociedade em que a justiça social se realize pela justa distribuição da riqueza para quem a produz, trabalhadoras e trabalhadores do nosso rico e diversificado  país.

O caminho que se apresenta para derrotar Bolsonaro é o voto em Lula! Lula não será o salvador da pátria! Não buscamos salvadores da pátria! Lula lidera uma frente política com interesses conflitantes, unidas pelo objetivo de restabelecer a democracia em nosso país, interromper a política de destruição e morte em curso, e retomar as condições mínimas de uma vida digna para o povo brasileiro.

Queremos bem mais que isso, que somente será conquistado com  muita luta, por meio de força social organizada nos territórios, nas escolas e universidades, nos locais de trabalho. Para poder continuar lutando por uma sociedade democrática, com justiça social, manifestamos nosso apoio à Lula Presidente do Brasil!

[1] https://sindcefetmg.org.br/rumo-plenarias-descentralizadas-em-05-e-06-de-julho/

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